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Manutenção

Análise de risco: o que é e como fazer

A a análise de risco é uma parte importante do gerenciamento de riscos das empresas. Saiba mais sobre o assunto.

Gabriel Moraes
Gabriel Moraes

set 10, 2021

A análise de risco consiste na identificação de possíveis riscos, que por vezes, podem causar danos ao seu negócio. 

Sendo assim, a análise de risco é uma parte importante do gerenciamento de riscos das empresas. 

Afinal, por meio dela você consegue avaliar a probabilidade de uma situação perigosa acontecer, sobretudo, calcular o tamanho do impacto ou do prejuízo desse risco para os negócios.

Para que serve a análise de risco?

A análise de risco tem como objetivo, não somente fazer uma estimativa possível de perdas operacionais, como também, prevenir que elas aconteçam.

Um exemplo clássico disso está na análise de risco de segurança do trabalho. Neste caso, a análise de risco busca prevenir acidentes que causem danos ao patrimônio, sobretudo, à integridade física e à vida dos trabalhadores. 

Entretanto, a análise de riscos não serve apenas para o caso de acidentes. Em uma avaliação de risco de crédito, por exemplo, é possível analisar se alguém que está pedindo um empréstimo, irá conseguir pagar.

Posteriormente, falaremos mais sobre estes e outros  os tipos de riscos.

Quais são os tipos de risco na Análise de risco?

Primeiramente, você precisa saber que existem duas categorias gerais de risco: riscos puros e riscos especulativos.

Riscos puros

Primeiramente, os riscos puros são aqueles em que a possibilidade de lucro é inexistente. 

Em outras palavras, suas consequências serão sempre negativas, como no caso de acidentes de trabalho, por exemplo.

Além disso, os riscos puros são divididos de acordo com os tipos de ameaças. São eles:

Riscos às pessoas – trata-se dos acidentes de trabalhos e doenças, que por sua vez, colocam a integridade física ou a vida dos colaboradores em risco. 

Riscos de responsabilidade – engloba situações que levam a pagamentos de indenizações a terceiros, como por exemplo, danos ambientais, acidentes causados por falhas na segurança, entre outros.

Riscos à propriedade – consiste em danos a equipamentos, roubos, incêndios, ou qualquer outro risco que danifique um bem ou propriedade da empresa.

Riscos especulativos

Já os riscos especulativos são aqueles que, em decorrência da tomada de decisões, podem resultar tanto em ganhos como em perdas. 

Como por exemplo, um investimento. Neste caso, há uma certa dificuldade em se calcular o resultado de uma decisão ou evento com precisão. 

Sendo assim, os riscos especulativos podem ser divididos em:

Políticos – têm relação direta com a estabilidade política do mercado em que se atua. Inclui mudanças na legislação, por exemplo.

Administrativos – englobam um conjunto de tomadas de decisões. Logo, são subdivididos em risco de mercado, risco financeiro, e por fim, risco de produção.

De inovação – envolve as questões ligadas ao avanço tecnológico, que podem tanto promover ganhos, como tornar os produtos e métodos obsoletos.

Quais são as classificações dos riscos?

Você pode não saber, mas a classificação de um risco envolve também a probabilidade de um risco acontecer, assim como sua gravidade.

Probabilidade de risco

A análise de risco tende a considerar as chances que um risco pode acontecer, assim como classificá-los da seguinte forma:

Frequente – acredita-se que o risco aconteça várias vezes durante a operação;

Provável – espera-se que o risco aconteça ao menos uma vez, durante a operação;

Remoto – as ocorrências não são esperadas, porém, são possíveis.

Extremamente remoto – as chances de algo acontecer são praticamente teóricas;

Improvável – classifica-se ocorrências que, mesmo sendo improváveis, não devem ser descartadas.

Gravidade de risco

As consequências do risco determinam o seu nível de gravidade. Dessa forma, a severidade dos efeitos de certa situação pode ser classificada em:

Desprezível – consiste em eventos leves, ou seja, que causam pequenos danos ao meio ambiente, assim como aos equipamentos e aos trabalhadores, com retorno rápido à operação após avaliação médica.

Marginal – gera incapacidade parcial leve ao trabalhador, equipamentos ou instalações. Em caso de danos ao meio ambiente, a recuperação é mais fácil, e as perdas financeiras são pequenas.

Crítica – envolvem eventos que geram lesões graves aos trabalhadores, assim como perda parcial de equipamentos, danos sérios ao meio ambiente e perdas financeiras

Catastrófica – trata-se de danos graves, que incluem a incapacidade total, e ainda, a morte de trabalhadores. Envolve também, danos irreparáveis ao meio ambiente, perda total de equipamentos, grandes prejuízos financeiros, entre outros.

Como fazer uma análise de risco eficiente?

Agora que você já sabe o que é uma análise de risco, assim como suas classificações, chegou o momento de fazer a sua própria análise de risco.

Para isso, preparamos 4 passos simples para que você já saia daqui sabendo como fazer uma análise na prática.

Confira:

1- Defina a situação a ser analisada

A chave para uma análise eficiente está na definição da situação. Portanto lembre-se de analisar uma situação por vez. 

Ou seja, jamais tente fazer uma única análise para várias situações. Afinal, cada situação possui uma consequência diferente.

Sendo assim, desmembre os seus processos nas diferentes situações que os compõem e analise cada ação por vez.

2- Determine os possíveis riscos da situação

Uma vez definida a situação, determine quais riscos poderiam acontecer. Para definir com mais facilidade, faça a seguinte pergunta: o que pode dar errado?

Além disso, você deve ter notado ao longo do texto que mais de um risco pode ocorrer para cada situação, certo?

Inclusive, riscos com resultados positivos. Neste caso, caso queira incluir em sua análise, é necessário que você faça o seguinte questionamento: quais são as consequências positivas, que estão fora do planejamento, mas poderiam surgir durante o processo?

3- Classifique o grau de cada risco

Em seguida, retorne aos riscos que você determinou, e classifique um grau para cada um.

A melhor parte é que você não precisa definir esse grau do nada. Pois existe um cálculo para isso. Veja:

Probabilidade de ocorrência x gravidade dos danos

Represente cada um desses fatores com um número dentro de uma escala, por exemplo, 1 – 2 – 3

Dessa forma, fica bem mais fácil priorizar ações com o grau mais alto, ou seja, com mais probabilidade de acontecer e geram danos mais graves.

Em contrapartida, os riscos com menos probabilidade de acontecer, e ainda, geram danos com baixa gravidade, podem ser analisados posteriormente.

4- Trace planos de ação para cada risco

Chegou a hora de saber como agir diante de cada situação de risco. Geralmente, a gestão utiliza 5 tipos de estratégia de ação:

  1. Aceitar
  2. Evitar
  3. Transferir
  4. Mitigar
  5. Explorar

Veja as características de cada uma delas, assim como em qual situação aplicar:

Aceitar – você só vai fazer algo se, ou quando, o risco acontecer. Este tipo se aplica em riscos de menor grau. Sendo assim, não vale a pena gastar tempo, recursos ou esforços para solucioná-los.

Evitar – ao contrário da estratégia anterior, esse muda completamente o plano de ação. Afinal, seu objetivo é evitar qualquer chance de que um risco ocorra. Esta é uma alternativa mais adequada para riscos de alto grau.

Transferir – consiste em transferir os riscos para outra empresa. Ou seja, terceirizar os riscos para outra empresa que pode exercer aquela atividade. Assim, outra empresa pode ser responsabilizada por erros, falhas, acidentes, entre outros.

Mitigar – envolve tentativas de reduzir o grau de risco. Não é tão garantida como a estratégia de evitar completamente o risco, mas sim, uma tentativa de amenizar. Essa é uma boa alternativa quando o risco representa uma perda muito grande.

Explorar – utilizada quando o risco possui impacto positivo. Neste caso, o foco é aumentar o grau de risco para explorar todas as oportunidades que ele gera.

Quais são as ferramentas para fazer análise de risco?

Existem uma série de ferramentas utilizadas para a análise de risco. Em alguns casos, é recomendável utilizar até mais de uma delas. 

Pensando nisso, listamos aqui as principais ferramentas utilizadas para esse tipo de análise. Conheça cada uma delas, assim como suas principais funções:

What If

Literalmente, What If significa “E se?” em português. Logo, é necessário fazer quationamentos de cenários com essa pergunta. 

Assim, com base nas respostas, é possível identificar e analisar os riscos.

Para utilizar essa ferramenta é bem simples. Basta reunir-se com sua equipe e perguntar possibilidades, como por exemplo: “E se um colaborador largar a produção no meio do processo?” ou “E se a empresa concorrente lançar um produto semelhante ao nosso”.

PFMEA

Resumidamente, PFMEA é a sigla para Process Failure Mode and Effective Analysis, que pode ser traduzido como Análise de Modo e Efeito de Falha.

Para analisar um risco PFMEA basta elaborar um quadro que expressa os possíveis riscos, dividindo-os em três indicadores. São eles:

  • Severidade – impacto do risco
  • Ocorrência – probabilidade de risco
  • Detecção – facilidade em perceber o problema

Posteriormente, você deverá descrever a severidade em quatro colunas. São elas:

  • Requisitos
  • Modo de falha potencial
  • Efeitos potenciais da falha
  • Indicador de gravidade, definida de 1 a 10, sendo 10 perda total de um produto.

Em seguida, descreva a ocorrência em três colunas:

  • Causas potenciais das falhas
  • Soluções preventivas
  • Defina um indicador de probabilidade de 1 a 10, sendo que 10 significa muito frequente.

Por fim, a detecção do risco é feita em duas colunas. São elas:

  • Controle de detecção – quais são as estratégias para perceber os riscos
  • Defina um indicador de percepção de 1 a 10, sendo que 10 significa detecção muito difícil.

Assim, com essas três variáveis, você consegue calcular a prioridade do risco, isto é, o RPN (Número de Prioridade do Risco).

O RPN nada mais é do que a multiplicação dos indicadores de severidade, ocorrência e detecção. Sendo assim, um risco de severidade 10, ocorrência 5 e detecção 1 tem um RPN de 50, por exemplo.

Logo, se o mesmo risco se tornar difícil de perceber, e sua detecção aumentar para 3, consequentemente o seu RPN é triplicado, chegando a 150. Isso aumenta sua prioridade consideravelmente.

Sistema de gestão

Devo lhe contar um segredo. A maioria das empresas atualmente, contam com sistemas de gestão, não só para aumentar a produtividade da equipe, como também, para monitorar os processos.

Mas o que isso significa?

Na verdade, quando se utiliza um sistema de gestão, você consegue acessar o histórico de atividades, e ficar por dentro de tudo que os trabalhadores fazem ao longo do dia.

Consequentemente, a análise de risco pode ser feita de maneira mais rápida, e ainda, mais assertiva.

Pensando nisso, o Auvo é uma ferramenta de gestão desenvolvida para facilitar a vida dos gestores de prestação de serviços. 

Especialmente na hora de fazer a análise de risco, reunindo e organizando informações, seja por meio de relatórios, cadastro de equipamentos, ou até mesmo, respostas de pesquisas de satisfação.
Quer saber mais sobre o Auvo? Agende uma demonstração gratuita.

Gabriel Moraes

Founder da Auvo, solução especialista em ajudar empresas de field service. Com mais de 2500 clientes em 16 países do mundo.

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